Msg de Leonardo Boff / Fotografia: Praias Preta e Branca (Guarujá-SP)

A beleza pitoresca que a natureza nos oferece ninguém faz igual. Registro feito na trilha para a Praia de Camburizinho mostra a Praia Preta em primeiro plano e a Prainha Branca ao fundo.


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Fotografia
Praias Preta e Branca (Guarujá-SP)

          A cidade de Guarujá, no litoral paulista, possui 22 quilômetros e 310 metros praias de beleza inigualável, areias incrivelmente brancas, sendo elogiadas em todo país e conhecida em todo o mundo como a Pérola do Atlântico. Situada na Ilha de Santo Amaro, na região metropolitana da Baixada Santista, foi no dia 22 de Janeiro de 1502 visitada pela primeira vez pelos exploradores portugueses André Gonçalves, Américo Vespúcio e suas armadas. Mais precisamente, essa visita ocorreu na parte ocidental da ilha, conhecida atualmente como Praia Santa Cruz dos Navegantes.

          Devido à topografia, resistência indígena e áreas pantanosas, a Cidade ficou por mais de 300 anos abandonada, tendo apenas a extração de óleo de baleia, pesca e poucos engenhos de açúcar como atividade econômica. Com o passar do tempo, as pessoas que viviam dessa economia foram formando um pequeno povoado, sendo assim, por um decreto imperial de 1832, Guarujá passou a condição de Vila. Em 1893, Guarujá foi promovida a Vila Balneária de Guarujá. Para isso foram encomendados dos Estados Unidos um hotel, uma igreja, um cassino e 46 chalés residenciais desmontáveis. Além de receber serviços de água, esgoto e luz elétrica. Em 30 de Junho de 1934 a cidade recebeu o título de Estância Balneária e em 1947 passou a ser considerada município devido ao seu crescimento contínuo.

          Com uma natureza exuberante espalhada por 27 praias de belezas totalmente diferentes e que atraíam os turistas para a região, Guarujá recebeuna na década de 70  o título internacional de “Pérola do Atlântico”. Atualmente, o desenvolvimento econômico das últimas décadas trouxe grandes investimentos ao setor portuário, náutico, hoteleiro, empresarial, imobiliário e do comércio. Ao longo das praias guarujaenses, você encontrará trilhas selvagens para praias paradisíacas, como as praias de Cheira-Limão ou Camburí, praias bem movimentadas e de beleza sem igual, como as praias do Tombo ou Enseada, praias distantes, pouco frequentadas e de fácil acesso, como Éden e Mar Casado.

          Praia de Camburí ou Camburizinho - Com 300 metros de extensão, a praia é uma das mais isoladas de Guarujá, com águas claras e um pequeno rio, formado por uma nascente no alto da floresta, que deságua no mar. À primeira vista, o lago parece ter a água escura, mas é apenas o resultado dos minerais depositados em seu fundo. O acesso é feito por trilha ou por mar. O nome Camburí tem origem do Brasílico e significa árvore grande.

          Praia Preta - Com 200 metros de extensão, é uma pequena praia com acesso através de trilha ou pela costeira rochosa feita a partir da praia Branca. Cercada pela Mata Atlântica, é mais uma das praias isoladas da ilha de Santo Amaro. Ótima para banhistas e mergulho observatório, devido às suas águas calmas e transparentes a maior parte do ano. Seu nome se dá devido às rochas de cor escura, responsáveis pelo incrível contraste entre a praia e sua vizinha um pouco mais famosa, a Prainha Branca.

          Praia Branca - Tem 1.350 metros de extensão e situa-se no extremo Leste da Ilha de Santo Amaro. Extensa, com ondas fortes no lado esquerdo e mar calmo do lado direito. A praia abriga a antiga colônia de pescadores caiçaras que mantém até hoje festa tradicionais como o reizado trazido do Nordeste. Seu acesso é feito por trilha ou pelo mar.

Fonte: Site da Prefeitura de Guarujá

Autor da Msg
Leonardo Boff (14 de dezembro de 1938)

          Escritor, teólogo e ecologista, Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, dia 14 de dezembro de 1938. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Em 1970, doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959. Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).

          Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização, com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com "Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade". É doutor honoris causa em Política pela Universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela Universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos.

          Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro "Igreja: Carisma e Poder", foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso" e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso. Dada a pressão mundial sobre o Vaticano, a pena foi suspensa em 1986, podendo retomar algumas de suas atividades. Em 1992, sendo de novo ameaçado com uma segunda punição pelas autoridades de Roma, renunciou às suas atividades de padre e se auto-promoveu ao estado leigo, continuando como teólogo da libertação, escritor, professor, conferencista no Brasil e estrangeiro e assessor de movimentos sociais de cunho popular libertador, como o Movimento dos Sem Terra e as comunidades eclesiais de base (CEB's).

          Em 1993 foi aprovado em concurso para professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em 8 de Dezembro de 2001 foi agraciado com o prêmio nobel alternativo, em Estocolmo (Right Livelihood Award). Atualmente vive no Jardim Araras, região campestre ecológica do município de Petrópolis-RJ, e compartilha vida e sonhos com a educadora/lutadora pelos Direitos a partir de um novo paradigma ecológico, Marcia Maria Monteiro de Miranda. Tornou-se pai de uma filha e cinco filhos e avô de cinco netos. É um dos autores mais traduzidos da língua portuguesa (UNESCO), mais de 80 livros nas áreas de Teologia, Ecologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística.

Fonte: @leonardoboff

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