Msg de Amyr Klink / Fotografia: Saco do Mamanguá (Paraty - RJ)

Antiga casa de farinha de pau a pique localizada em praia do Saco de Mamanguá,  único fiorde brasileiro, um verdadeiro paraíso natural do município de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro


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Fotografia
Saco de Mamanguá (Paraty, RJ)
         

          Fiordes são enormes entradas de mar cercadas por montanhas, muito comuns em países europeus ou em regiões mais frias e nórdicas do planeta. O Brasil abriga um único exemplar dessa paisagem pitoresca. Trata-se do Saco de Mamanguá, um verdadeiro paraíso natural, no município de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro.

         
É considerado, ainda, o único fiorde tropical do mundo. Tem cerca de oito quilômetros de extensão, dois quilômetros de largura e é cercada por montanhas com vegetação típica da Mata Atlântica. O local é protegido por uma reserva ambiental e o acesso só pode ser feito por trilhas ou embarcações. O fiorde fica em uma região com mais de dez rios, cerca de 30 praias e inúmeras cachoeiras exuberantes. A entrada de mar vai até uma área de manguezais, onde não são permitidas embarcações motorizadas.

          O sossego domina a região, habitada apenas por comunidades caiçaras. Muitas opções de hospedagem e alimentação no local ficam na Praia do Cruzeiro, uma das mais movimentadas.

Autor da Msg
Amyr Klink

          Amyr Khan Klink nasceu em 25 de setembro de 1955, na cidade de São Paulo. É o primogênito dos quatro filhos de seu pai, o libanês Jamil Klink, e sua mãe, a sueca Asa Frieberg Klink. Começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo. Aos 10 anos, em Paraty, compra sua primeira canoa, de uma coleção que ultrapassaria 30 embarcações.

          Em 1983, termina a construção do seu primeiro barco, com o qual, no ano seguinte, faria a primeira travessia solitária a remo do Atlântico Sul. A jornada de 3.700 milhas e 100 dias pelo Atlântico termina no dia 18 de setembro de 1984, na Bahia, e é retratada no best seller Cem Dias entre o Céu e o Mar. Em 1986 realiza a primeira de suas 15 viagens à Antártica. Na volta, começa a construção do barco com o qual, em 1989, estreia como velejador em uma viagem em solitário que duraria 642 dias, passando sete meses e meio imóvel em uma invernagem antártica. Navega, ao todo, por 27 mil milhas – viagem descrita em Paratii, Entre Dois Pólos.

          No ano de 1996 casa-se com Marina Bandeira, velejadora com mais de uma centena de competições no currículo, e no ano seguinte nascem as gêmeas Tamara e Laura. Em 1998 Amyr parte para mais uma viagem em solitário, iniciando o Projeto Antártica 360 Graus, em que faz a circunavegação polar pela rota mais difícil. São 88 dias, 14 mil milhas e mais um livro, Mar sem Fim.

          Já em 2000, nasce sua filha caçula, Marina Helena. E entre dezembro de 2003 e fevereiro de 2004, ele refaz a circunavegação polar, dessa vez com cinco homens na tripulação. A viagem dura 76 dias sem escalas, por 13,3 mil milhas. Por fim, em 2006 lança seu mais recente livro, Linha D’Água – Entre Estaleiros e Homens do Mar.

Fonte: www.amyrklink.com.br

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