Martim Pescador Grande (Megaceryle torquata) em cima da folha de um coqueiro esperando a hora certa para mergulhar em busca de sua refeição
Martim Pescador Grande (Megaceryle torquata)
O martim-pescador-grande (Megaceryle torquata) é uma espécie natural da região do México até a chamada Terra do Fogo, no extremo Sul da América. Tais aves chegam a medir até 42 centímetros de comprimento, pesam de 305 a 341 gramas, possuindo a cabeça e dorso cinza-azulados, nuca e garganta brancas, partes inferiores castanhas. Da família Alcedinidae, é no Brasil a maior espécie e também é chamado de ariramba-grande e sacatrapa (Pará), matraca (Rio Grande do Sul), caracaxá, cracaxá, martim-cachá, martim-cachaça, martim-grande e Katieli.
Seu nome científico significa: (do grego) megas = grande, e kerulos = ave mitológica citada em obras de Aristóteles e outros autores da antiguidade; e (do latim) torquatus = colar, colarinho. ⇒ Ceryle grande de colar ou grande Ceryle de colarinho. Alimenta-se preferentemente de peixes, visualizados de um poleiro alto. Ao localizar a presa, mergulha sobre ela e a captura. Na ausência de um poleiro de observação junto à água, pode pairar no ar "peneirando", como fazem, por exemplo, alguns gaviões. Em períodos chuvosos, as águas tornam-se turvas, dificultando a visualização dos peixes e, consequentemente, prejudicando as pescarias, o que o leva a incluir insetos na dieta. Alimenta-se também de pequenos répteis, batráquios e caranguejos.
Encontrado próximo a rios, córregos, lagunas, lagoas, açudes, manguezais e orla marítima, mais comum em áreas abertas e em rios caudalosos e grandes lagoas. Pousa sobre troncos secos e pedras à beira d'água, em árvores altas, em fios e moirões. Vive a maior parte do tempo solitário. Passa de ilha em ilha, aparece em pequenas poças que descubra durante seus longos voos; chega a sobrevoar serras e cidades, executando migrações locais na Amazônia. O som que emite, penetrante “kwát”, trai a espécie de longe. Ao voar repete este grito a intervalos regulares: “tchat-jat-jat” ( daí o nome “matraca” ).
Autora da Msg
Cora Coralina (1889 - 1985)
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu em 20 de agosto de 1889, na cidade de Goiás, em Goiânia, e adotou o pseudônimo
de Cora Coralina. Poetisa e contista goiana, fez apenas os estudos primários, mas em 1910 teve um conto publicado no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás, já com seu pseudônimo. Em 1911, fugiu com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas para Penápolis, 22 anos mais velho que ela, casado e separado da mulher. Casaram-se mais tarde, após a viuvez de Cantídio, e viveram em várias cidades do interior paulista até 1934, quando Cantídio faleceu.
Cora Coralina e seus seis filhos mudaram-se para São Paulo, onde colaborou no Jornal O Estado de S. Paulo e trabalhou como vendedora da Livraria José Olympio. Em 1938 voltou para Penápolis e abriu uma Casa de Retalhos. Após 45 anos voltou para sua cidade natal, para a velha casa da Ponte do Rio Vermelho, onde nasceu. Trabalhou como doceira por mais de 20 anos enquanto assumiu seu outro ofício: o de poetisa. Cora Coralina vendia seus doces de casa em casa e recitava suas poesias.
Recebeu diversos prêmios como escritora. Em 1983 recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás. Faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia, GO. Algumas obras: "Poemas dos becos de Goiás e estórias mais" (1965); "Meu livro de cordel" (1976); e "Vintém de cobre" (1983).
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