Interior de uma oca reproduzida no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, que fica a cerca de 9 quilômetros do município de União dos Palmares, em Alagoas. O conhecimento da cultura indígena e seus valores foi fundamental para a sobrevivência dos quilombolas
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Fotografia
Quilombo dos Palmares (Serra da Barriga, AL)
A Serra da Barriga fica a cerca de 9 quilômetros do município de União dos Palmares, no estado de Alagoas. Foi nas matas fechadas desta Serra que milhares de negros escravizados fugiram após se rebelarem durante o período de dominação portuguesa e holandesa. Lá viveram mais de 20 mil pessoas, entre 1597 a 1695, em terras então pertencentes à Capitania de Pernambuco.
Implantado em 2007, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares encontra-se no alto da Serra da Barriga, local tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1985, e recria o ambiente da República dos Palmares – o maior, mais duradouro e mais organizado quilombo já implantado nas Américas. Nele reinou Zumbi dos Palmares, herói negro assassinado em 20 de novembro de 1695, data em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra.
Nesta espécie de maquete em tamanho natural foram reconstituídas edificações do Quilombo dos Palmares. Com paredes de pau-a-pique, cobertura vegetal e inscrições em banto e yorubá, avista-se o Onjó de farinha (Casa de farinha), Onjó Cruzambê (Casa do Campo Santo), Oxile das ervas (Terreiro das ervas), Ocas indígenas e Muxima de Palmares (Coração de Palmares). Destacam-se, ainda, os mirantes de onde se avistam paisagens magníficas: são as atalaias de Acaiene (filho de Ganga-Zumba), Acaiuba (líder palmarino), e Toculo (filho de Ganga-Zumba).
Fonte: Site do Parque Memorial Quilombo dos Palmares / Fundação Cultural Palmares
Autor da Msg
Marçal Tupã’i, líder indígena (1920-1983)

Em 1980, quando escolhido representante da comunidade indígena para discursar durante a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, proferiu a mensagem citada acima ao pontífice. No mesmo ano, envolveu-se na luta pela posse de terras na área indígena de Pirakuá, em Bela Vista. A demarcação foi contestada por fazendeiros que consideravam a região sua propriedade. Após diversas ameaças e agressões, em 25 de novembro de 1983 Tupã é assassinado a tiros no rancho de sua casa, na aldeia Campestre. Os acusados do crime acabaram absolvidos em julgamento realizado dez anos depois, em 1993. Segundo costa, pouco antes da sua morte ele teria dito: "sou uma pessoa marcada para morrer, mas por uma causa justa a gente morre…".
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