Msg de Carlos Drummond / Fotografia: Mulungu do Litoral

Você já plantou uma árvore? Façamos nossa parte como parte que somos deste Planeta e preservemos a Natureza, pois com certeza é a única forma de aprendermos a respeitarmos a nós mesmos.


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Fotografia
Mulungu-do-litoral (Erythrina speciosa)

          O Mulungu-do-litoral ou Eritrina-candelabro (Erythrina speciosa) é uma árvore da família Fabaceae, também conhecida como Corticeira, Eritrina-vermelha, suinã-canivete, suinã-vermelho e Eritrina. Com porte de 3 a 5 metros de altura, é uma das mais belas árvores brasileiras e apresenta inflorescência em forma de candelabro, composta de flores de coloração vermelho-vivo, extremamente atrativa para beija-flores.


          O tronco é espinhento e a madeira é leve, mole e pouco durável. As folhas são grandes, em fomato de losango e caem no inverno, desta forma a árvore permanece destituída de folhagem durante a floração, que ocorre no final do inverno e início de primavera. Tem excelente efeito paisagístico. Além da beleza singular, produz boa sombra no verão e permite a passagem de luz no inverno.

          Frutifica entre outubro e novembro e seus frutos são do tipo legume (vagem). Nativa da Mata Atlântica, da América do Sul, aprecia a umidade, vegetando bem em terreno brejosos, à beira de rios e no litoral. Deve ser cultivada a pleno Sol, solos férteis e úmidos, preferencialmente ricos em matéria orgânica. Multiplica-se principalmente por sementes, que não necessitam nenhum tipo de tratamento especial, devendo ser plantadas logo que sejam colhidas. Mas ATENÇÃO: as sementes são tóxicas.

          Ainda pode ser multiplicada por estacas que apresentam rápido desenvolvimento também. Após a semente ser depositada um centímetro abaixo da superfície do substrato, em posição horizontal, a planta começa a aparecer entre 12 e 24 dias. Entre as aves mais atraídas pelas flores, além dos beija-flores, estão os saís, sanhaçus, cambacicas, psitacídeos, entre outros.

Fonte: Wiki Aves

Autor da Msg
Carlos Drummond de Andrade (31/10/1902 - 17/8/1987)


          Nono filho de Carlos de Paula Andrade (fazendeiro) e Julieta Augusta Drummond de Andrade, Carlos Drummond de Andrade nasce na cidade mineira de Itabira do Mato Dentro. Estuda em Belo Horizonte e, em 1918, muda-se para Friburgo (RJ), sendo matriculado no Colégio Anchieta. Um ano depois, é expulso por "insubordinação mental", após um incidente com o professor de português, e volta para Belo Horizonte.

          Em 1925, casa-se com Dolores Dutra de Moraes e conclui o curso de farmácia em Ouro Preto, mas não exercera a profissão. No mesmo ano, funda com outros escritores 'A Revista', que, embora só conheça três edições, será importante para a afirmação do movimento modernista mineiro. Em 1930, publica 'Alguma Poesia', seu primeiro livro, numa edição de 500 exemplares paga por ele mesmo, e se torna redator de três jornais simultaneamente: o 'Minas Gerais' (órgão oficial do Estado), o 'Estado de Minas' e o 'Diário da Tarde'.

          Em 1934, publica 'Brejo das Almas' (200 exemplares) e assume um cargo público no Rio de Janeiro, como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação. 'Sentimento do Mundo' é publicado em 1940, com tiragem de 150 exemplares. 'Poesias' sai dois anos depois, pela José Olympio Editora. Em 1944, Drummond lança 'Confissões de Minas' e, em 1945, 'A Rosa do Povo' e a novela 'O Gerente'.

          Também em 1945, deixa a chefia de gabinete de Capanema, tornando-se editor da 'Imprensa Popular', jornal comunista de Luís Carlos Prestes. Meses depois, afasta-se por discordar da orientação do jornal. É então chamado para trabalhar no Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN). Apesar de exercer funções burocráticas até 1962 (quando se aposenta), o poeta se preocupa com a profissionalização do escritor e, sempre que possível, trabalha em prol dos companheiros de escrita.

          Drummond também traduz obras de autores como Balzac, Laclos, Proust, García Lorca, Mauriac e Molière. Publica dezenas de livros entre as décadas de 70 e 80. Em 1986, por exemplo, lança "Tempo, Vida, Poesia" e contribui com 21 poemas para "Bandeira, a Vida Inteira", edição comemorativa do centenário de Manuel Bandeira. No mesmo ano, sofre um infarto e fica 12 dias internado.

          Em 31 de janeiro de 1987, escreve o derradeiro poema, "Elegia a um Tucano Morto", que integrará "Farewell", último livro organizado pelo poeta. No Carnaval do Rio, é homenageado pela Mangueira com o samba-enredo "No Reino das Palavras". Em 5 de agosto, após dois meses de internação, morre sua filha, Maria Julieta, vítima de um câncer. O poeta fica desolado: seu estado de saúde piora, e ele falece 12 dias depois, aos 85 anos, de problemas cardíacos. É enterrado no mesmo jazigo que Maria Julieta, no cemitério São João Batista (Rio de Janeiro).

Fonte: Uol Educação

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