Tão intensa cor quanto ao céu ou ao mar, a Gralha-Azul (Cyanocorax caeruleus) exibe sua beleza entre o Sul do Estado do Rio de Janeiro e o Estado do Rio Grande do Sul, sendo frequente - como esta do registro - na Mata Atlântica da Serra do Mar
Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus)
A Gralha-Azul é uma ave passeriforme da família Corvidae. No folclore do estado do Paraná atribui-se a formação e manutenção das florestas de araucária a este pássaro, como missão divina, razão porque as espingardas explodiriam ou negariam fogo quando para elas apontadas. Por isso a ave foi consagrada - segundo a Lei Estadual n. 7957 de 1984 - “ave símbolo” do Estado do Paraná, onde é comum a Mata das Araucárias. No entanto, embora muito associada a este bioma do estado do Paraná, é muito mais comum em áreas de Mata Atlântica da planície litorânea.
Seu nome científico significa: do (grego) kuanos = azul intenso, azul escuro; e korax = corvo; e do (latim) caeruleus = azul escuro, azul intenso, azul celeste. ⇒ Corvo azul intenso ou corvo azul celeste. Entre as características comuns, mede cerca de 39 centímetros de comprimento, sua coloração geral é azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas tem a mesma plumagem e aparência, embora as fêmeas em geral sejam menores. As gralhas azuis são muito inteligentes, só suplantadas pelos psitacídeos. Sua comunicação é bastante complexa, consta de pelo menos 14 termos vocais (gritos) bem distintos e significantes. Gregárias, as gralhas azuis formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados, inclusive com divisão de clãs, bandos estes que se mantêm estáveis por até duas gerações.
É uma ave onívora. Alimenta-se de frutos diversos, pinhão, ovos e filhotes de outras aves, pequenos vertebrados e invertebrados, além de restos de alimentos humanos, como pão. No período reprodutivo que se inicia em outubro e se prolonga até março, todos os indivíduos colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das mais altas árvores, preferencialmente na coroa central da araucária, quando lá existente. No ninho feito de gravetos, de cerca de 50 centímetros de diâmetro, em forma de taça, são postos 4 ovos, em média, com coloração azul-esverdeados e numerosas manchas claras.
Varia de rara a localmente comum no interior e nas bordas de florestas e capoeiras arbóreas, principalmente em pinheirais. Vive em grupos pequenos, de 6 a 8 indivíduos. Apresenta o hábito de esconder sementes de pinheiro, como meio de guardar comida, esquecendo-se com frequência de algumas delas, sendo este um ato de dispersão. Por isso, acredita-se que a gralha-azul seja importante para a germinação e desenvolvimento do pinheiro-do-paraná. Embora se diga que seu habitat é a floresta de araucárias do Sul do Brasil, por força da dieta desta ave que também se alimenta de insetos, frutos e pequenos invertebrados, ela não tem dependência estrita destas florestas e sua área de distribuição abrange desde o Sul do Estado do Rio de Janeiro para o Sul, até o Estado do Rio Grande do Sul, sendo frequente na Mata Atlântica da Serra do Mar.
Fonte: Site Wiki Aves
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Che Guevara (1928 - 1967)
Ernesto Rafael Guevara de la Serna nasceu no dia 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito entre os cinco filhos de Ernesto Lynch e Célia de la Serna y Llosa, teve sua formação ministrada principalmente pela mãe, figura forte em seu desenvolvimento político, pois apesar de ser católica, cultivava um ideal esquerdista em sua família, e mantinha relações com outras mulheres também muito politizadas. Desde cedo, Ernesto sofreu com crises frequentes de asma, sendo sua bombinha companheira inseparável.
Devido à doença, estudou inicialmente em casa, acompanhado pela figura materna, em meio a obras de Marx, Engels e Lênin. Na adolescência já cultivava o hábito da leitura, ao lado de autores como Júlio Verne, Baudelaire e Neruda, entre outros. Aos 12 anos, por causa dos surtos asmáticos, sua família mudou para Córdoba, onde morava próximo a uma favela. Ao entrar na Universidade, muda-se com os familiares para Bogotá e segue estudando Medicina, com um interesse especial pela lepra, e trabalhando para ajudar nas despesas de casa. Nessa época é dispensado pelo Exército por não possuir os atributos físicos necessários para o serviço militar.
Após a Segunda Guerra Mundial, cresce a oposição a Juan Domingo Perón, e Guevara participa dos protestos. Em 1951, ele inicia ao lado do amigo Alberto Granado e da moto chamada por eles de “La Poderosa”, a viagem que irá mudar a sua vida. Ao longo de um tour pela América Latina, por minas de cobre, aldeias indígenas e leprosários, convivendo com os oprimidos, durante oito meses, Ernesto modifica sua visão política, antes nacionalista, e escreve um diário sobre esta jornada fundamental em sua vida. No Peru ele pôde dar vazão à sua dedicação especial aos leprosos, quando então decide se especializar nesta doença. Guevara retorna para a Argentina, conclui o curso de Medicina e passa a se dedicar à política. Em julho de 1953, ele dá início à segunda travessia pela América Latina, passando pela Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala, com seu amigo Ricardo Rojo.
Na Guatemala, Guevara conhece sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta e o futuro amigo Ñico Lopez, quem posteriormente o apresentará a Raúl Castro, no México. Ernesto presencia, na Guatemala, a dominação norte-americana se impor com tanta facilidade, instalando no comando do país um ditador subserviente aos interesses imperialistas, e através dessas experiências, Guevara tece sua consciência política e opta pelo caminho revolucionário. Em 1954, dá-se o tão esperado encontro entre Ernesto e Raúl Castro, que o apresenta a seu irmão Fidel Castro. Este é, neste momento, o líder do grupo M26, ou Movimento Guerrilheiro 26 de julho, alusão à tomada do Quartel Moncada, em 1953, durante a qual Fidel tentou render o mais conhecido reduto de presos políticos em Santiago.
Guevara está entre os 82 seguidores de Fidel que partem para Cuba, em 1956, depois de um célebre debate político entre Castro e Guevara, que se estendeu ao longo de uma noite inteira, neste movimento revolucionário que tentaria obter o controle de Cuba. Apenas 12 deles resistem à morte em Sierra Maestra, após o desembarque em Cuba, no dia 25 de novembro de 1956. Apesar disso, a vitória sobre a ditadura de Fulgêncio Batista foi completa. Guevara se torna um cidadão cubano em 1959 e transforma-se em um homem poderoso, o segundo na hierarquia. Che desejava levar a toda a América Latina o sonho revolucionário. Assim, abandona o governo e segue como guerrilheiro atrás dos seus sonhos. Mas, ao contrário da vitória cubana, ele agora só alcança derrotas – na Argentina, em 1964, quando vários membros de seu grupo são mortos; a outra no Congo Belga, depois chamado de Zaire e hoje conhecido como República Democrática do Congo; e finalmente na Bolívia, quando é morto, em nove de outubro de 1967, com a autorização do presidente do país, o general René Barrientos, em uma escola da aldeia de La Higuera.
Fonte: Site Info Escola
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