Saíra-Sete-Cores (Tangara seledon) busca alimento em árvore na certeza de que encontrará, ainda que não aconteça. Como se institivamente soubesse que "no fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim", parafraseando o escritor e jornalista Fernando Sabino (1923-2004)
Saíra-Sete-Cores (Tangara seledon)
A Saíra-Sete-Cores é uma ave passeriforme da família Thraupidae, também conhecida como Saíra-De-Bando. Seu nome científico significa: do (tupi) tangará = dançarino; e do (alemão) seledonkopf = nome dado a este pássaro verde por Statius Müller (1776), derivado do francês céladon = verde-claro. ⇒ Dançarino verde claro ou dançarino seledon. Entre suas características, mede cerca de 13,5 centímetros de comprimento e pesa cerca de 18 gramas.
O macho adulto apresenta plumagem complexa e brilhante. E a fêmea tem a plumagem bastante semelhante a plumagem do macho, mas ela apresenta a coloração menos intensa aparentando ter as cores mais apagadas. O imaturo é muito parecido com a fêmea, mas muito menos colorido do que os adultos. Falta ao imaturo a cor viva do uropígio do adulto.
Espécie monotípica, isto é, não são reconhecidas subespécies. Frugívoro, sua alimentação provêm de frutos de palmeiras, goiaba, mamão, ameixa e caju, além de frutos silvestres como frutos de Urtica, Hamelia e bagas de bromélias. Alimenta-se também de insetos e costuma frequentar comedouros com frutas. É uma ave monogâmica que atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Faz um ninho tipo tigela, que é compacto e construído por ambos os adultos com grama e folhas, e forrado com materiais macios. Este ninho fica geralmente escondido na vegetação, entre folhas de árvores ou matagal, ou ainda em plantas ao longo do tronco e galhos. A época de reprodução da Saíra-Sete-Cores ocorre entre novembro e fevereiro no Brasil, entre novembro e dezembro no Paraguai, e em novembro no Nordeste da Argentina.
A fêmea põe de 2 a 4 ovos pálidos, de coloração branco rosada com manchas marrons ou cinzentas. A incubação dura de 15 a 17 dias e é feita pela fêmea e o jovem deixa o ninho entre 14 a 18 dias após a eclosão dos ovos. Eles ainda dependem de pais para comida por algumas semanas após a saída do ninho. Os jovens de ninhadas anteriores podem acompanhar os adultos por vários meses durante o primeiro ano.
Pode ser encontrada em todos os estratos da Floresta Atlântica e nas matas baixas do litoral, onde é muito frequente. Geralmente é visto aos pares ou em pequenos grupos, às vezes com até 20 aves. Podem se juntar a bandos mistos de forrageamento, costumam procurar comida entre 9 e 25 metros acima do chão da floresta e podem forragear ao longo das bordas da floresta e também em áreas antropizadas. Esta espécie é encontrada a partir de terras baixas com menos de 900 metros, mas eles são mais frequentemente visto em baixa altitude. É uma espécie bastante comum no Sudeste brasileiro - ocorre da Bahia e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul - e também ocorre no Sudeste do Paraguai e no Nordeste da Argentina.
Fonte: Site Wiki Aves
Autora da Msg
Zélia Gattai (2 de julho de 1916 - 17 de maio de 2008)
Filha de imigrantes italianos, a escritora Zélia Gattai (Zélia Gattai Amado) nasceu em São Paulo/SP, em 2 de julho de 1916 e faleceu no dia 17 de maio de 2008, em Salvador/BA. Seus pais Angelina Da Col e Ernesto Gattai, faziam parte do grupo de imigrantes políticos que chegou ao Brasil no fim do século XIX para fundar a célebre “Colônia Cecília” — tentativa de criar uma comunidade anarquista na selva brasileira.
Na década de 1930, Zélia convivia amigavelmente com diversos artistas e intelectuais como Oswald de Andrade, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Rubem Braga, Zora Seljan, Aparecida e Paulo Mendes de Almeida, Letícia e Carlos Lacerda, Aldo Bonadei, Vinicius de Moraes e outros. Aos 17 anos, emprestado por um italiano, amigo de seu avô, o velho Ristori, recebe um livro de “um tal Jorge Amado, giovanotto inteligente, jornalista, escritor”, que fora a São Paulo vindo do Rio de Janeiro. Em 1942, no dia 12 de agosto, nasce seu primeiro filho, Luís Carlos Veiga, de seu casamento com o intelectual e militante comunista Aldo Veiga. No início de 1945, Jorge Amado, membro do Partido Comunista, se encontrava em São Paulo para participar de movimentos reivindicativos e comandar a organização de um comício para Luís Carlos Prestes, recém-saído da prisão. Zélia, que já lera os primeiros romances de Jorge Amado e o admirava, conhece-o pessoalmente na abertura do Congresso Brasileiro de Escritores, que se realizava no Teatro Municipal de São Paulo. Casaram-se em meados de 1945 e dessa união nasceu, em 25 de novembro de 1947, o filho João Jorge Amado, no Rio de Janeiro.
Em fins de 1947 o registro do Partido Comunista foi cancelado e os parlamentares eleitos por essa legenda, entre os quais Jorge Amado, eleito deputado federal por São Paulo, foram expulsos do Parlamento. Sem condições de segurança para permanecer no Brasil, Jorge viajou para a Europa. Em 1948, Zélia viajou ao seu encontro, onde permaneceram durante cinco anos participando da vida cultural europeia, primeiramente em Paris e depois em Praga, no Castelo da União dos Escritores, em Dobris. Em 19 de agosto de 1951, nasce sua filha Paloma Jorge Amado, em Praga.
Retornando ao Brasil, em 1952, instala-se com a família no apartamento do sogro, no Rio de Janeiro, morando na cidade durante dez anos. Fixa residência em Salvador, Bahia, no ano de 1963. Inicia sua produção literária escrevendo seu primeiro livro de memórias, 'Anarquistas Graças a Deus', lançado em 1979, no Rio de Janeiro, obra na qual narra a vida de seus pais, a realidade dos imigrantes italianos no Brasil e sua infância em São Paulo. 'Um Chapéu para Viagem' é seu segundo livro, editado em 1982, onde ela conta sua vida com Jorge Amado e as histórias dos Amado, contadas por Lalu, mãe do escritor. No ano seguinte é lançado, em Salvador, o livro 'Pássaros Noturnos do Abaeté', com gravuras de Calasans Neto e texto de Zélia Gattai. Em 1987, publica 'Reportagem Incompleta (fotobiografia)', com fotografias de sua autoria. Edita 'Jardim de Inverno', em 1988, livro lançado na Fundação Casa de Jorge Amado, trazendo a tona os momentos políticos difíceis, vividos entre 1949 e 1952.
No mundo da ficção, estreia com o livro infantil 'Pipistrelo das Mil Cores', em 1989, com ilustrações de Pink Wainer. Dois anos depois publica 'O segredo da Rua 18', também para crianças, ilustrado por Ricardo Leite. Volta às memórias com 'Chão de Meninos', lançado em 1992, que retrata o retomo do exílio e é dedicado aos seus oitenta anos de Jorge Amado. Em 2001 fica viúva de Jorge Amado e publica o livro 'Códigos de Família', livro de memória. Em 2002 lança 'Jorge Amado: um Baiano Sensual e Romântico e Sensual'. O seu último livro publicado foi 'Vacina de Sapo' no ano de 2005. Sexta ocupante da Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras, Zélia Gattai é eleita em 7 de dezembro de 2001, na sucessão de Jorge Amado e recebida em 21 de maio de 2002 pelo Acadêmico Eduardo Portella.
Fonte: Site da Fundação Casa de Jorge Amado
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