Msg de Machado de Assis / Fotografia: Mini-Roseira

Delicada beleza do degradê branco e rosa das pétalas de uma mini-roseira (Rosa chinensis)


Tweet

Fotografia
Mini-Rosa (Rosa chinensis)

          A rosa (do latim rosa) é uma das flores mais populares no mundo. Vem sendo cultivada pelo homem desde a Antiguidade. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5 000 anos. Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga. Celebrada ao longo dos séculos, a rosa, símbolo dos apaixonados, também marcou presença em eventos históricos importantes e decisivos. Fósseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.

          Cientificamente, as rosas pertencem à família Rosaceae, e ao gênero Rosa L., com mais de 100 espécies e milhares de variedades, híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras, providos de acúleos. As folhas são simples, partidas em 5 ou 7 lóbulos de bordos denteados. As flores, na maioria das vezes, são solitárias. Apresentam originalmente 5 pétalas, muitos estames e um ovário ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes comestíveis.

          Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade imensa de formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto floral. As flores, particularmente, sofreram modificações através de cruzamentos realizados ao longo dos séculos para que adquirissem suas características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e cores das mais variadas.

          No catolicismo romano a rosa é um componente simbólico do Santo Rosário; é relatado que o Beato Angelico enquanto rezava o rosário na rua viu a Santíssima Virgem com um grupo de anjos que eles estão oferecendo canções e louvores ao compor uma coroa de rosas. Surpreso com a visão interrompeu a oração e os anjos eles pararam; começando a rezar novamente viu os anjos compor da coroa de rosas para oferecer a Maria.

Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Clado: rosídeas
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Género: Rosa
Espécies: 100 a 150 spp.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

Autor da Msg
Machado de Assis (21/06/1839 - 29/09/1908)

          Joaquim Maria Machado de Assis nasceu pobre e epilético, filho de Francisco José Machado de Assis e de Leopoldina Machado de Assis, neto de escravos alforriados. Foi criado no morro do Livramento, no Rio de Janeiro, ajudava a família como podia, não tendo frequentado regularmente a escola. Sua instrução veio por conta própria, devido ao interesse que tinha em todos os tipos de leitura. Entre os seis e 14 anos, Machado perdeu sua única irmã, a mãe e o pai. Aos 16 anos empregou-se como aprendiz numa tipografia e publicou os primeiros versos no jornal 'A Marmota'. Em 1860, foi convidado por Quintino Bocaiúva para colaborar no 'Diário do Rio de Janeiro'. Datam dessa década quase todas as suas comédias teatrais e o livro de poemas 'Crisálidas'.

          Em 12 de novembro de 1869 casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais. Esse casamento ocorreu contra a vontade da família da moça, uma vez que Machado tinha mais problemas do que fama. Essa união durou cerca de 35 anos e o casal não teve filhos. Carolina contribuiu para o amadurecimento intelectual de Machado, revelando-lhe os clássicos portugueses e vários autores de língua inglesa. Na década de 1870, Machado publicou os poemas 'Falenas' e 'Americanas', além dos 'Contos Fluminenses' e 'Histórias da meia-noite'. O público e a crítica consagraram seus méritos de escritor. Publicou os romances: 'Ressurreição' (1872), 'A Mão e a Luva' (1874), 'Helena' (1876), 'Iaiá Garcia' (1878). Essas obras ainda estão ligadas à literatura romântica e formam a chamada primeira fase de Machado de Assis.

          Em 1873, o escritor foi nomeado primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Sua carreira burocrática teve uma ascensão muito rápida, uma vez que, em 1892, já era diretor geral do Ministério da Viação. Na década de 1880, a obra de Machado de Assis sofreu uma verdadeira revolução, em termos de estilo e de conteúdo, inaugurando o Realismo na Literatura brasileira. Os romances 'Memórias póstumas de Brás Cubas' (1881); 'Quincas Borba' (1891); 'Dom Casmurro' (1899) e os contos 'Papéis avulsos' (1882); 'Histórias sem data' (1884), 'Várias histórias' (1896) e 'Páginas recolhidas' (1899), entre outros, revelam o autor em sua plenitude. O espírito crítico, a grande ironia, o pessimismo e uma profunda reflexão sobre a sociedade brasileira são as suas marcas mais características.

          Em 1897, Machado fundou a Academia Brasileira de Letras, da qual foi o primeiro presidente. Ocupou a Cadeira N.º 23, de cujo patrono, José de Alencar, foi amigo e admirador. Em 1904, a morte de sua mulher foi um duro golpe para o escritor. Depois disso, raramente ele saía de casa e sua saúde foi piorando por causa da epilepsia. Os problemas nervosos e uma gagueira contribuíram ainda mais para o seu isolamento. São dessa época seus últimos romances 'Esaú e Jacó' (1904) e 'Memorial de Aires' (1908), que fecham o ciclo realista iniciado com 'Brás Cubas'.

          Machado de Assis morreu em sua casa situada na rua Cosme Velho. Foi decretado luto oficial no Rio de Janeiro e seu enterro, acompanhado por uma multidão, atesta a fama alcançada pelo autor. O fato de ter escrito em português tornou difícil o reconhecimento internacional, mas a partir do final do século 20, suas obras têm sido traduzidas para o inglês, o francês, o espanhol e o alemão, despertando interesse mundial. De fato, trata-se de um dos grandes nomes do Realismo.

Fonte: Uol Educação

Comentários