Msg de Santo Agostinho / Fotografia: Saco do Mamanguá (Paraty - RJ)

Somos a Natureza e o equilíbrio do Planeta depende de sua preservação. Que possamos ser um átomo de paz que daqui se espalha para todo o universo. E lembrando o livro 'Fernão Capelo Gaivota', de Richard Bach, "não existem limites, tudo podemos e o caminho é insistir e persistir".



Fotografia
Saco do Mamanguá (Paraty, RJ)

          Fiordes são enormes entradas de mar cercadas por montanhas, muito comuns em países europeus ou em regiões mais frias e nórdicas do planeta. O Brasil abriga um único exemplar dessa paisagem pitoresca. Trata-se do Saco de Mamanguá, um verdadeiro paraíso natural, no município de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro.

          É considerado, ainda, o único fiorde tropical do mundo. Tem cerca de oito quilômetros de extensão, dois quilômetros de largura e é cercada por montanhas com vegetação típica da Mata Atlântica. O local é protegido por uma reserva ambiental e o acesso só pode ser feito por trilhas ou embarcações. O fiorde fica em uma região com mais de dez rios, cerca de 30 praias e inúmeras cachoeiras exuberantes. A entrada de mar vai até uma área de manguezais, onde não são permitidas embarcações motorizadas.

          O sossego domina a região, habitada apenas por comunidades caiçaras. Muitas opções de hospedagem e alimentação no local ficam na Praia do Cruzeiro, uma das mais movimentadas.

Autor da Msg
Santo Agostinho (354 - 430)

          Dois santos admiráveis celebrados nessa semana são: Santa Mônica (dia 27/8) e Santo Agostinho (dia 28/8), do século IV. Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na Região de Cartago, na África, filho de Patrício, pagão, e Mônica, cristã fervorosa. Estudou literatura, filosofia, gramática e retórica, das quais foi professor. Afastou-se dos ensinamentos da mãe e, por causa de más companhias, entregou-se aos vícios. Cometeu maldades, viveu no pecado durante toda a juventude e caiu na heresia gnóstica dos maniqueus, para os quais trabalhou na tradução de livros.

          Sua mãe, Santa Mônica (331 – 387) rezava e chorava por ele todos os dias. Agostinho dizia-se um apaixonado pela verdade e, de tanto buscar, acabou reencontrando na Igreja Católica: “ó beleza, sempre antiga e sempre nova, quão tarde eu te amei!”; “fizestes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração está inquieto, enquanto não descansa em Vós!”: são frases comoventes escritas por ele nas suas célebres “Confissões”, onde relata a sua vida de pecador arrependido.

          Transferiu-se com sua mãe para Milão, na Itália. Dotado de inteligência admirável, a retórica, da qual era professor, o fez se aproximar de Santo Ambrósio, Bispo de Milão, também mestre nessa disciplina. Levado pela mãe a ouvir os célebres sermões do santo bispo e nutrido com a leitura da Sagrada Escritura e da vida dos santos, Agostinho converteu-se realmente, recebeu o Batismo aos 33 anos e dedicou-se a uma vida de estudos e oração. Ordenado sacerdote e bispo, além de pastor dedicado e zeloso, foi intelectual brilhantíssimo, dos maiores gênios já produzidos em dois mil anos da História da Igreja. Escreveu numerosas obras de filosofia, teologia e espiritualidade, que ainda exercem enorme influência. Foi, por isso, proclamado Doutor da Igreja. De Santo Agostinho, disse o Papa Leão XIII: “É um gênio vigoroso que, dominando todas as ciências humanas e divinas, combateu todos os erros de seu tempo”. Sua vida demonstra o poder da graça de Deus que vence o pecado e sempre, como Pai, espera a volta do filho pródigo.

          Sua mãe, Santa Mônica, é o exemplo da mulher forte, de oração poderosa, que rezou a vida toda pela conversão do seu filho, o que conseguiu de maneira admirável. Exemplo para todas as mães que, mesmo tendo ensinado o bom caminho aos filhos, os vêm desviados no caminho do mal. A oração e as lágrimas de uma mãe são eficazes diante de Deus. E a vida de Santo Agostinho é uma lição para nunca desesperarmos da conversão de ninguém, por mais pecador que seja, e para sempre estarmos sinceramente à procura da verdade e do bem.

Fonte: Artigo de Dom Fernando Arêas Rifan, Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ) em http://www.agostinianos.org.br


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