Msg de Cecília Meireles / Fotografia: Maguari ou Garça-moura

Maguari ou Garça-moura (Ardea cocoi), a maior das garças do Brasil, buscando numa manhã chuvosa alimentar-se dos peixes de um parque público no litoral paulista


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Fotografia
Maguari ou Garça-moura (Ardea cocoi)

          A Garça-moura (Ardea cocoi) é uma ave Pelecaniforme da família Ardeidae. Conhecida também como Maguari, Socó-de-penacho, Baguari (Pantanal), Mauari (Amazônia), Garça-parda (Rio Grande do Sul), Socó-grande, Garça-morena e João-grande. Seu nome científico significa: do (latim) ardea = garça; e do (tupi) cocoi = nome ameríndio para esta garça. ⇒ Garça cocoi.

          A maior das garças do Brasil, com envergadura de 1,80 metros. Vive solitária fora do período reprodutivo, quando se reúne nos ninhais; no entanto, mesmo nesse período, a maioria mantém-se isolada durante deslocamentos para alimentação. Seus voos, além de solitários, são em linha reta, com lentas batidas ritmadas de asas, muito características. Sua voz é um fortíssimo “rrab (rrab rrab)”, baixo e profundo.

          A plumagem de reprodução é muito semelhante à do restante do ano, distinguindo-se pelo pequeno tufo de penas brancas na base do pescoço, o maior contraste do branco do pescoço com o dorso acinzentado e os lados escuros do ventre. A listra negra da parte inferior do pescoço destaca-se mais nesse período, bem como o negro do alto da cabeça. Ao redor dos olhos aumenta a coloração azulada e o bico fica mais amarelo. Quando saem do ninhal, as aves juvenis possuem a mesma coloração geral dos adultos, embora com menor contraste e sem a listra negra do pescoço ou os lados negros do ventre.

          Habita beiras de lagos de água doce, rios, estuários, manguezais e alagados. Está presente em todo o País, podendo ser encontrada também do Panamá ao Chile e Argentina, e nas Ilhas Malvinas. Não possui subespécies. Para se alimentar, costuma ficar pousada nas margens dos rios e riachos, em meio à vegetação, pescando peixes, sapos, rãs, pererecas, caranguejos, moluscos e pequenos répteis. Captura presas de lugares mais fundos, os quais outras garças não conseguem alcançar.

          Quanto à reprodução, passam por longo período de nidificação (janeiro a outubro), desde o meio da estação de cheia até a baixa das águas. Ocupa os grandes ninhais coletivos. Seus ninhos, geralmente estão na parte superior e externa das árvores mais altas. Ali nascem 3 ou 4 filhotes por ninhada, a qual é chocada e cuidada pelo casal.

Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Pelecaniformes
Família: Ardeidae (Leach, 1820)
Espécie: A. cocoi
Nome Científico: Ardea cocoi (Linnaeus, 1766)
Nome em Inglês: Cocoi Heron

Fonte: Site Wiki Aves

Autora da Msg
Cecília Meireles (1901 - 1964)

          Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nascida no Rio de Janeiro, dia 7 de novembro de 1901, foi jornalista, poetisa, professora, pintora e é considerada uma das vozes mais importantes das literaturas de língua portuguesa. Como professora ensinou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional. Umas das maiores escritoras brasileiras, com mais de 50 obras publicadas, publicou seu primeiro livro de poesias, chamado "Espectro", com dezoito anos. Seus livros eram influenciados pelo Modernismo e pelo Romantismo.

          Na profissão de jornalista, publicava matérias sobre os problemas na Educação, sendo a fundadora da primeira biblioteca infantil do Brasil, no ano de 1934. Seu interesse pela Educação e pelas crianças fez com que tivesse também um grande reconhecimento na poesia infantil, com textos como "O Cavalinho Branco", "Colar de Carolina", "O Mosquito Escreve" e muitos outros.

          Em 1923, a escritora publicou "Nunca Mais" e "Poema dos Poemas" e, em 1925, "Baladas Para El-Rei". Após longo período, em 1939, Cecília Meireles publicou "Viagem", livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Católica, a autora escreveu textos como "Pequeno Oratório de Santa Clara", de 1955, e "O Romance de Santa Cecília". No ano de 1951, viajou para a Europa, Índia e Goa e visitou, pela primeira e única vez, os Açores. A autora faleceu em 1964, aos 63 anos, no Rio de Janeiro.

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