Msg de Santo Inácio de Antioquia / Fotografia: Borboleta Pororó-azul fêmea

Borboleta Pororó-azul fêmea (Hamadryas arete) no tronco de um Guapuruvu (Schizolobium parahyba)


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Fotografia
Borboleta Pororó-azul fêmea (Hamadryas arete - Doubleday, 1847)

          A borboleta Pororó-azul (Hamadryas arete) é uma espécie incomum, difícil de ser encontrada. Presente em zonas sombreadas de matas ombrófilas, pode ser avistada cruzando áreas ensolaradas. Apresenta manchas azuis sobre a cor negra e apesar de pertencer ao grupo das borboletas-estaladeiras, os indivíduos da espécie não produzem o som ao se deslocar em voo. Com voo rápido e irregular, a borboleta sobrevoa a planta que vai se alimentar e começa a voar em círculos de forma mais lenta. Alimenta-se também de frutas maduras caídas no chão das florestas.

          Têm o hábito de pousar de cabeça para baixo em troncos de árvores com suas asas abertas sobre o caule das árvores. Comportamento bastante comum a de borboletas do gênero Ectima sp. Ambas têm semelhanças não somente no comportamento, mas na coloração e pertencem a mesma subfamília. As fêmeas da maioria das espécies Hamadryas têm uma faixa diagonal branca através das asas anteriores e, diferente das Ectima sp, nas Hamadryas são maiores e têm padrões de coloração muito intricados na superfície superior, muito mais claro.

          A lagarta da pororó-azul tem hábitos diurnos e o corpo negro com listras verdes e laranjas que se alternam. O corpo é coberto de espinhos pretos e a cabeça apresenta cornos ramificados.

          A família Nymphalidae é formada por 12 subfamílias: Apaturinae, Biblidinae, Calinaginae, Charaxinae ,Cyrestinae, Danainae, Heliconiinae, Libytheinae, Limenitidinae, Morphinae, Nymphalinae e Satyrinae. Neste grupo é provável ter mais de 6.050 espécies, tendo mais de 600 gêneros. Uma curiosidade que diferencia de outras famílias é que as borboletas Nymphalidae quando pousam se apoiam em quatro patas em vez de seis, isto porque nesta família elas têm duas patas de limpeza atrofiadas (apêndices) e suas antenas é praticamente a metade do tamanho das asas dianteiras.

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Familia: Nymphalidae
Subfamilia: Biblidinae
Tribo: Biblidini
Subtribo: Ageroniini
Gênero: Hamadryas

Fonte: Sites G1, Net Nature e Borboletas do Brasil

Autor da Msg
Santo Inácio de Antioquia

          Santo Inácio foi o terceiro Bispo de Antioquia, entre os anos 70 e 107. Um martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia, no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Santo Inácio era bispo de Antioquia, que teve como primeiro bispo São Pedro, ao qual sucederam Evódio e em seguida Inácio, o Teóforo (= o que traz em si Deus), como ele mesmo gostava de ser chamado. Era um gigante da fé, seu nome faz lembrar fogo [ignis]. Era um “revolucionário da Cruz”, assumia os riscos sem medo e com determinação. Diante do martírio escreveu: “Debaixo da lâmina do cutelo ou no meio das feras, é sempre junto de Deus que estarei”. Dizia: “Realizemos todas as nossas ações com o único pensamento de que Deus habita em nós”.

          Foi preso na mesma perseguição que martirizou São Clemente de Roma (†97) e São Simeão, que sucedeu São Tiago Menor como bispo de Jerusalém no ano 107. Santo Inácio foi levado preso a Roma, conduzido por um grupo de soldados. Durante a viagem escreveu sete cartas aos cristãos da região da Grécia e Turquia de hoje: coríntios, efésios, magnésios, tralianos, romanos, filadélfios, esmirnenses; e uma carta a São Policarpo de Esmirna [Padres Apostólicos]. Suas cartas revelam um homem enérgico e empreendedor, pronto a lutar e morrer pela fé. Era também jurista e administrador emérito; ao mesmo tempo teólogo e místico. Com São Policarpo e Santo Irineu, é um dos representantes diretos da geração dos Apóstolos.

          A metrópole da Síria, Antioquia, era a terceira em ordem de grandeza do vasto Império Romano, só era menor que Roma e Alexandria. Trazido acorrentado a Roma, foi devorado pelas feras selvagens no Coliseu. Muitos se desdobravam para evitar o seu martírio, mas Inácio desejava-o mais que todas as coisas e suplicava aos irmãos de Roma que não lhe impedissem de dar seu testemunho: “Deixem-me ser a comida das feras, pelas quais me será dado saborear Deus. Eu sou o trigo de Deus. Tenho de ser triturado pelos dentes das feras, para me tornar um pão puro de Cristo […]. Deixai-me fazer o sacrifício enquanto o altar está preparado. Deixai-me ser presa das feras. É por meio delas que chegarei a Deus.”

          Ele gostaria “que seu corpo encontrasse sepultura na barriga de uma fera faminta”, de modo que seus funerais não ficassem a cargo de ninguém, mas os cristãos de Antioquia veneraram, desde a antiguidade, o seu sepulcro nas portas da cidade e já no século quarto celebravam a sua memória a 17 de outubro, dia adotado agora também pelo novo calendário. Suas palavras de amor a Cristo e a Igreja ficaram na lembrança de todas as gerações futuras: “Onde está o bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica”, escreve na carta endereçada ao então jovem bispo de Esmirna, São Policarpo. As expressões “Igreja Católica” e “Cristianismo” foram empregadas a primeira vez por ele.

Fonte: Site da Editora Cléofas

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