Msg de Carlos Drummond de Andrade / Fotografia: Voo das Fragatas

Baile no ar: Beleza do voo das Fragatas (Fregata) movimentando-se como se bailassem junto às corrente de ar sob o céu azul.


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Fotografia
Fragatas (Fregata) sob o céu azul

          As Fragatas são aves Suliformes (tradicionalmente classificadas como Pelecaniformes), pertencentes à família Fregatidae e ao seu único género Fregata. O seu nome comum está relacionado com o seu hábito de assaltar outras aves marinhas, tal como as fragatas de guerra. Também conhecidas como Tesourões,  as Fragatas são aves de grande porte, com asas compridas e estreitas que representam a menor superfície de asa por unidade de peso do mundo das aves. Têm cerca de 1 metro de comprimento, mais de dois de envergadura e uma cauda longa e bifurcada.

          Sua plumagem é geralmente preta ou preta e branco e os macho apresentam um com saco gular vermelho. As fragatas não conseguem andar em terra, nadar nem levantar voo de uma superfície plana. São por isso aves pelágicas que só pousam em penhascos durante a época de reprodução. São, no entanto, aves extremamente rápidas em voo picado sobre o mar ou sobre outras aves. Muito leves, os tesourões estão entre os mais elegantes voadores. Descansam planando, aproveitando as correntes de ar, mas empoleiram-se durante a noite. Suas unhas são apropriadas para que se mantenham firmes em galhos e no ninho.

          Apenas um ovo é posto no ninho de gravetos solidificado através de fezes. O casal incuba o filhote alternadamente durante 40 dias. Alimenta-se de peixes capturados na superfície, não mergulha. Molesta as outra aves à procura de peixes regurgitados. Muitas vezes os atobás e grazinas conseguem se livrar das fragatas pousando na água, uma vez que estas aves não conseguem nadar.

          Muito leves, os tesourões estão entre os mais elegantes voadores. Descansam planando, aproveitando as correntes de ar, mas empoleiram-se durante a noite. Suas unhas são apropriadas para que se mantenham firmes em galhos e no ninho.

Fonte: Wiki Aves

Autor da Msg
Carlos Drummond de Andrade (31/10/1902 - 17/8/1987)

          Nono filho de Carlos de Paula Andrade (fazendeiro) e Julieta Augusta Drummond de Andrade, Carlos Drummond de Andrade nasce na cidade mineira de Itabira do Mato Dentro. Estuda em Belo Horizonte e, em 1918, muda-se para Friburgo (RJ), sendo matriculado no Colégio Anchieta. Um ano depois, é expulso por "insubordinação mental", após um incidente com o professor de português, e volta para Belo Horizonte.

          Em 1925, casa-se com Dolores Dutra de Moraes e conclui o curso de farmácia em Ouro Preto, mas não exercera a profissão. No mesmo ano, funda com outros escritores "A Revista", que, embora só conheça três edições, será importante para a afirmação do movimento modernista mineiro. No ano seguinte, Drummond leciona Geografia e Português em Itabira e, então, muda outra vez para Belo Horizonte, a fim de ser redator-chefe do "Diário de Minas". Em 1929, deixa o "Diário de Minas" para ser auxiliar de redação e depois redator no "Minas Gerais" (órgão oficial do Estado). Em 1930, publica "Alguma Poesia", seu primeiro livro, numa edição de 500 exemplares (paga por ele mesmo), e se torna redator de três jornais simultaneamente: o "Minas Gerais", o "Estado de Minas" e o "Diário da Tarde".

          Em 1934, publica "Brejo das Almas" (200 exemplares) e assume um cargo público no Rio de Janeiro, como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação. "Sentimento do Mundo" é publicado em 1940, com tiragem de 150 exemplares. "Poesias" sai dois anos depois, pela José Olympio Editora. Em 1944, Drummond lança "Confissões de Minas" e, em 1945, "A Rosa do Povo" e a novela "O Gerente". Também em 1945, deixa a chefia de gabinete de Capanema, tornando-se editor da "Imprensa Popular", o jornal comunista de Luís Carlos Prestes. Meses depois, afasta-se por discordar da orientação do jornal. É então chamado para trabalhar no Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN). Apesar de exercer funções burocráticas até 1962 (quando se aposenta), o poeta se preocupa com a profissionalização do escritor e, sempre que possível, trabalha em prol dos companheiros de escrita.

          Drummond também traduz obras de autores como Balzac, Laclos, Proust, García Lorca, Mauriac e Molière. Na década de 1970, publica "Caminhos de João Brandão", "Seleta em Prosa e Verso", "O Poder Ultrajovem", "As Impurezas do Branco", "Menino Antigo", "Amor, Amores", "A Visita", "Discurso de Primavera e Algumas Sombras" , "Os Dias Lindos", "70 Historinhas", "O Marginal Clorindo Gato" e "Esquecer Para Lembrar". Na primeira metade da década seguinte, sairão "Contos Plausíveis", "O Pipoqueiro da Esquina", "Amar Se Aprende Amando", "O Observador no Escritório" (memórias), "História de Dois Amores" (infantil) e "Amor, Sinal Estranho".

          Em 1986, lança "Tempo, Vida, Poesia" e contribui com 21 poemas para "Bandeira, a Vida Inteira", edição comemorativa do centenário de Manuel Bandeira. No mesmo ano, sofre um infarto e fica 12 dias internado. Em 31 de janeiro de 1987, escreve o derradeiro poema, "Elegia a um Tucano Morto", que integrará "Farewell", último livro organizado pelo poeta. No Carnaval do Rio, é homenageado pela Mangueira com o samba-enredo "No Reino das Palavras". Em 5 de agosto, após dois meses de internação, morre sua filha, Maria Julieta, vítima de um câncer. O poeta fica desolado: seu estado de saúde piora, e ele falece 12 dias depois, aos 85 anos, de problemas cardíacos. É enterrado no mesmo jazigo que Maria Julieta, no cemitério São João Batista (Rio de Janeiro).

Fonte: Uol Educação

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