Msg de Lao-Tsé / Fotografia: Praia de Paranapuã, Parque Estadual Xixová-Japuí (São Vicente - SP)

Baía de São Vicente, no litoral de São Paulo, e o Sol se pondo atrás da Praia de Paranapuã, no Parque Estadual Xixová-Japuí


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Fotografia

Praia de Paranapuã, no Parque Estadual Xixová-Japuí (Baía de São Vicente - SP)

                    Comum na orla da cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo, o voo dos praticantes de parapente e asa delta, que saltam do Morro da Asa Delta (Voturuá), frente à praia do Itararé, a 182 metros de altura acima do nível do mar.

          A origem do nome São Vicente vem do ano 325, na cidade espanhola de Huesca, então Província de Saragoza. Lá nasceu Vicente, padre dedicado que se destacava por seu trabalho, tanto que o bispo de Saragoza, Valério, lhe confiou a missão de pregador cristão e doutrinador catequético. Naquela época, Valério e Vicente enfrentavam o imperador Diocleciano, que perseguia os cristãos na Espanha. Os dois acabaram presos, o bispo banido e Vicente condenadou à tortura. O martírio sofrido por Vicente foi brutal a ponto de surpreender os carrascos, que relataram a impressionante resistência do rapaz. No final daquele dia 22 de janeiro, mataram e dilaceraram seu corpo, jogando-o às aves de rapina. Relatos contam que um corvo espantava as outras aves, evitando a aproximação das demais. Então, os carrascos decidiram jogá-lo ao mar, sendo o corpo de Vicente resgatado por cristãos, que o sepultaram em uma capela perto de Valência. Depois, seus restos mortais foram levados à Abadia de Castes, na França, onde foram registrados milagres. E em seguida, foram levados para Lisboa, na Catedral da Sé, onde estão até hoje.

          Cellula Mater - Vicente foi canonizado e recebeu o nome de São Vicente Mártir, hoje santo padroeiro do município de São Vicente, no litoral paulista, e de Lisboa, em Portugal. Desde então, o dia 22 de janeiro é dedicado a ele e, por isso, quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou neste local, em 22 de janeiro de 1502, deu à ilha o nome de São Vicente, pois o local era conhecido, até então, como Ilha de Gohayó. O navegador português Martim Afonso de Sousa chegou 30 anos depois, em 22 de janeiro de 1532, enviado pela Coroa Portuguesa para constituir a primeira Vila do Brasil e resolveu batizá-la reafirmando o nome do Santo daquele dia, São Vicente, pois era reconhecidamente um católico fervoroso.

Fonte: Site da Prefeitura de São Vicente

Autor da Msg
Lao-Tsé (Século 6 ou 4 a.C.)

          Lao tze, Laozi, Lao-tse ou Lao Tzu: todas são pronúncias ocidentalizadas do título de uma das maiores personagens da filosofia na China antiga. Isso mesmo: Lao tze não é um nome, mas significa 'grande senhor' ou 'velho mestre'. Seu nome real seria Li Er ou Lao Dan. A tradição diz que ele viveu no século 6 antes de Cristo, mas estudiosos modernos afirmam que deve ter vivido dois séculos depois, numa época conhecida como Cem Escolas de Pensamento. Atribui-se a ele a autoria da obra criadora do taoísmo, o "Tao Te King", ou Livro do Caminho e da Virtude. Junto com a Bíblia, esse livro é um dos mais traduzidos no mundo.

          O taoísmo é uma mescla de religião e de filosofia de vida e Lao tze tornou-se uma das principais figuras cultuadas. Junto com o budismo e o confucionismo, o taoísmo (ou daoísmo) forma os três pilares do pensamento filosófico chinês. Segundo pesquisadores modernos, Lao tze jamais existiu: é uma criação dos fundadores da escola filosófica (daojia) e da tradição religiosa (daojiao).

          Os Shiji - registros dos historiadores feitos pela dinastia chinesa Han cerca de 400 anos depois da época de Lao tze - trazem uma 'biografia' do pensador, que teria nascido em Chu (atual Luyi), na província de Henan. Lendas dizem que sua mãe teve uma gestação de oito anos e a criança nasceu de cabelos brancos: daí viria seu título, que pode significar tanto 'velho mestre' como 'criança velha'. Ele teria sido contemporâneo de Confúcio, considerado outro grande mestre da filosofia chinesa. Os dois teriam se encontrado quando Lao tze trabalhava como arquivista na Biblioteca Imperial da dinastia Zhou e, de acordo com essas histórias, discutiram durante meses, tendo Lao tze influenciado o pensamento confucionista.

          Com a perda de poder da dinastia Zhou, Lao tze largou o emprego e viajou para o Oeste em seu búfalo, atravessando a China para depois desaparecer no deserto. Antes disso, um guarda da fronteira o convenceu a escrever seus ensinamentos: até então, divulgados apenas com a palavra falada. O resultado foi o "Tao Te King", um dos mais significativos tratados da filosofia chinesa, que aborda espiritualidade individual, existencialismo, dinâmicas interpessoais e técnicas para governar. Tao, em chinês, significa "O caminho" e costuma ser definido como a natureza, o princípio natural que regula a ordem do universo físico.

          Para ele, a violência deve ser evitada sempre que possível e as vitórias militares são apenas uma ocasião para lamentar a necessidade de usar a força contra outros seres vivos. As três virtudes principais são coragem, generosidade e liderança. Para evitar a hipocrisia, Lao tze aconselha a "agir sem agir" sendo espontâneo, de acordo com os próprios sentimentos, sem pensar na aprovação dos outros.

          A fama desse pensador real ou imaginário viajou muito além das fronteiras da China e de seu tempo. O taoísmo ou daoísmo espalhou-se pela Ásia. As crenças foram assimiladas como uma tradição de vida e contribuíram para a formação das culturas japonesa e coreana. Durante os anos 1900, uma tradução em latim do "Tao Te Ching" chegou à Inglaterra e os ensinamentos de Lao tze se difundiram no Ocidente moderno. Frases memoráveis do filósofo, do tipo "governar um país grande é como cozinhar um peixe pequeno", passaram a fazer parte da linguagem da política ocidental.

Fonte: Biografias Uol Educação

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