Msg de São João da Cruz / Fotografia: Cambacica

Cambacica (Coereba flaveola) aparece entre as folhas de uma Embaúba (Cecropia spp.), assim como o amor que não se encontra fácil, mas quando se está atento aos sinais ele não tem como se esconder



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Fotografia
Cambacica (Coereba flaveola)

          A Cambacica (Coereba flaveola) é a única espécie da família Thraupidae no sistema classificativo tradicional. É também conhecida como Mariquita, Chupa-mel, Til (Rio Grande do Norte), Chiquita (Rio de Janeiro), Sebinho (Minas Gerais), Caga-sebo, Cabeça-de-vaca (interior de São Paulo), Sibite (Ceará), Sebito e Guriatã-de-coqueiro (Pernambuco), Sebinho, Papa-banana (Rio Grande do Sul), Saí e Tem-tem-coroado (Pará), Sibito-de-manga (Maranhão), Chupa-lima (Paraíba).

          Nos sistemas classificativos anteriores à taxonomia de Sibley-Ahlquist, a Cambacica classificava-se numa família própria, Coerebidae. Seu nome científico significa: do (tupy) coereba = nome indígena de origem tupy para um pequeno pássaro azul, preto e amarelo, não confirmado em Garcia (1929); e do (latim) flaveola, flaveolus = diminutivo de flavus = dourado, amarelo. ⇒ pássaro amarelinho. Mede aproximadamente 10,8 centímetros e pesa cerca de 10 gramas. Tem o dorso marrom, o peito e o abdome amarelos, o pescoço cinza e a cabeça listrada preta e branca, não apresentando diferenças na plumagem em relação aos machos e fêmeas. Existem 41 subespécies válidas, 5 delas presentes no Brasil.

          Dentre sua alimentação, néctar, frutas e artrópodes. Para coletar alimento, em qualquer altura, agarra-se firmemente à coroa das flores e com o bico curvo e pontiagudo perfura o cálice, atingindo assim os nectários. Visita também as garrafas de água açucarada, destinadas a atrair beija-flores e comedouros de frutas para pássaros. Aprecia muito banana, mamão, jabuticaba, laranja e melancia, daí vem seu nome em inglês bananaquit.

          Para reprodução, faz ninho esférico que pode ser de dois tipos, segundo sua finalidade: 1) Construído pelo casal para reprodução, o qual é relativamente alto e bem acabado, de acesso pequeno, superior e dirigido para baixo, coberto por longo alpendre que veda a entrada, de parede grossa e compacta, feito de palhas, folhas, capins e teias de aranhas. A câmara incubatória localiza-se no centro, com a entrada às vezes protegida por palha. E 2) Construído para descanso e pernoite, o qual é menor, mais achatado, de construção frouxa e com entrada larga e baixa. Põe de 2 a 3 ovos branco-amarelados, com pintas marrom-avermelhadas. A incubação é feita exclusivamente pela fêmea. Reproduz durante todo o ano, fazendo novos ninhos a cada postura.

          Vive solitária ou aos pares e é bastante ativa. Toma banho muitas vezes, por causa do contato com o néctar pegajoso. Seu canto é relativamente forte, simples e monótono, e emitido incansavelmente. Canta a qualquer hora do dia e em qualquer época do ano. A fêmea também canta, mas pouco e por menos tempo. Para amedrontar um rival, põe-se de pé, estica o corpo e vibra as asas. Muito briguentas, as cambacicas chegam a cair engalfinhadas no solo, onde continuam a luta. Geralmente está no meio das folhas e movimenta-se pelo interior da copa. Entretanto, voa bem e atravessa áreas abertas entre matas ou para visitar uma árvore isolada e florida em um campo. Também visita arbustos isolados e próximos à mata.

          É comum em uma grande variedade de hábitats abertos e semi-abertos onde existam flores, inclusive em quintais. Adapta-se facilmente a ambientes urbanos, sendo comum até em cidades do porte de São Paulo e Rio de Janeiro. Espécie muito curiosa e não teme o ser humano, gosta de pousar em galhos baixos para observar melhor a nossa presença. Ocorre em quase todas as regiões do país, podendo estar ausente de regiões extensivamente florestadas, como no Oeste e Centro da Amazônia. É encontrada desde o SE México, America Central e Caribe e em todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai. Rara nos Estados Unidos (Florida) e Cuba.

Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Thraupidae (Cabanis, 1847)
Subfamília: Coerebinae (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838)
Espécie: C. flaveola
Nome Científico: Coereba flaveola (Linnaeus, 1758)
Nome em Inglês: Bananaquit

Fonte: Wiki Aves

Autor da Msg
São João da Cruz (24 de junho de 1542 - 14 de dezembro do ano de 1591)

          Juan de Yepes y Álvarez nasceu por volta do ano de 1540 na localidade de Fontiveros (Ávila, Espanha). Ficou órfão de pai teve que se transferir com a mãe de um lugar para o outro. Com muita dificuldade a mãe conseguiu fazer com que o filho pudesse realizar os estudos até que, no ano de 1563, João conseguiu vestir o hábito dos carmelitas. Após ter teminado os estudos nas áreas da Filosofia e da Teologia, foi ordenado sacerdote no ano de 1567. Nesse mesmo ano, João – que intencionava entrar na Cartuxa - se encontrou com Santa Tereza d’Ávila, a qual iria receber, em breve, a permissão para fundar outros dois conventos de carmelitas contemplativos (que seriam chamados mais tarde de “descalços”).

          A pedido de Santa Tereza, em 1568, São João da Cruz se encontra a fazer parte do primeiro núcleo de carmelitas reformados. Todo processo de reforma oferece ocasião para tensões e, por vezes, desentendimentos. Com São João da Cruz não foi diferente: na noite de 2 de dezembro de 1577, por causa de um mal-entendido, João é levado a um mosteiro em Toledo, Espanha. Aí ficará prisioneiro em condições duríssimas: fica isolado numa cela minúscula, é obrigado a receber penitências públicas uma vez por semana: quando não lhe concedem uma lamparina, ele consegue rezar o breviário utilizando a luz que vinha na cela contígua, de um pequeno buraco na parede. É, portanto, pouquíssimo tempo que João tem luz à sua disposição. João ficará nessa situação deplorável até que numa oportunidade consegue escapar da prisão.

          O mais extraordinário é que, nesse momento de solidão e sofrimentos que João vivenciou na cela escura, ele consegue completar uma de suas composições mais conhecidas: o Cântico Espiritual; uma obra de grande lirismo e misticismo. Sua vida foi devotada ao Cristo e ao serviço dos irmãos. Ama a Deus e isso lhe basta. De fato, é nesse amor imenso que a morte o acolherá em seus braços: João da Cruz morre sereno, no dia 14 de dezembro do ano de 1591, em Andaluzia, Espanha.

Fonte: Site pt.aleteia.org

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